domingo, 24 de junho de 2007

Um vencedor de Verdade

Ser vitorioso para a maioria das pessoas significa ser bem sucedido naquilo em que emprega seus esforços. No decorrer da vida traçamos metas e objetivos, a partir daí provemos os meios para que sejam alcançados a curto ou a longo prazo. Em todas as áreas onde o homem pode exercer uma determinada atividade sempre vai existir um padrão de sucesso, o qual se alcançado pode-se então considerar-se um vitorioso.

Vejo muitas pessoas correndo atrás de sucesso e vitórias, umas muito bem determinadas, outras desorientadas como um navio sem bússola em alto mar. Vejo outras muito preguiçosas com um navio com o motor quebrado que é levado pelas ondas a deriva. Estão no mar da vida, mas sem condições de navegação.

Analisando a vitória como um fim em si mesmo ela não faz muito sentido se não tivermos ninguém para contemplá-la. Imagine que se de repente só sobrasse você no mundo, do jeito que ele se encontra hoje. Você seria o “dono do mundo”, dono de tudo o que seus olhos pudessem alcançar. Consegue imaginar esta situação? Estranho se colocar nesta situação, não é? Você seria a pessoa mais rica no mundo e ninguém saberia, seria sempre o primeiro e o último colocado em qualquer disputa. De que valeria então o mundo inteiro para você? Se pensou consigo mesmo que não serviria para nada, você inquestionavelmente há de concordar que o valor que geralmente damos ao “pedacinho de mundo” que possuímos (ou pensamos que possuímos), tais como casa, carros, jóias, emprego, e tudo mais que é corruptível, não tem tanto valor quanto realmente damos a eles, ou seja, a vitória que o mundo oferece de nada nos serve, pois é efêmera. Então uma vitória verdadeira não pode estar aqui neste mundo, pois mesmo que você o receba inteiramente só para si, de nada te serviria.

Mas então por que, de um modo geral, vivemos como se fôssemos conquistar o mundo? Por que buscamos sempre mais, mais e mais? Vejo que uma das razões é porque estamos inseridos nele, e ficamos inebriados e cegos pela sede de vitória, porém a cada conquista alcançada uma nova meta é traçada, desta forma acabamos entrando num ciclo vicioso de busca incessante por vitórias em nossa vida, pois nenhuma vitória que este mundo possa nos proporcionar ira satisfazer nosso ego e nos trazer verdadeira paz, tranqüilidade e alegria plenas e eternas. Uma coisa é certa, a vitória definitiva sobre o mundo e a conquista dela não pode vir de ninguém originalmente daqui, nem muito menos pelo esforço próprio de qualquer homem. Precisa vir de fora, e, por conseguinte realizada por alguém que não tenha sido “contaminado” com este mundo. Onde está esta pessoa?

Palavras de Jesus: “Eu lhes disse essas coisas para que em mim tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.” (João 16:33)

Jesus antes de morrer (sabendo exatamente a forma pela qual haveria de morrer) declarou que venceu o mundo. Que vitória seria essa? Definitivamente ele não tinha o menor perfil de um vencedor aos padrões humanos. Vejamos: era carpinteiro tal como seu pai, de família simples, não tinha amigos na alta sociedade da época, foi traído com um beijo por um de seus “amigos”, e os outros amigos com medo de morrer negaram a amizade com ele, foi torturado severamente e morto como um vil e desprezível criminoso homicida. Acho que já é o suficiente para convencê-lo! Com este currículo “invejável” você pode ser levado a crer que Jesus era qualquer coisa, menos um vencedor. Mas existia um diferencial em Jesus (existe sempre um “mas”), Ele afirmava ser o Filho de Deus (e era), ser um com seu Pai (Deus), e co-existir com o próprio Deus desde sempre. Era o Deus-Homem. Afirmava com todas as letras ser o próprio Deus entre nós homens.

Em nenhum momento de sua existência terrena, ele se contaminou com este mundo, estando sujeito às mesmas “sujeiras” que nós, pois mesmo sendo Deus ao mesmo tempo era homem. Entrou e saiu deste mundo sem pecado algum. Ele afirmou ter vencido o mundo, mesmo com um currículo não muito agradável para qualquer psicólogo de qualquer Recurso Humano (RH). Jesus cumpre os dois requisitos apresentados aqui para alguém que seja capaz de vencer o mundo. Ele não era deste mundo, pois era Deus em forma de homem, um Deus que se identificava em tudo com o ser humano, assim como nós Ele sentia dor, fome, frio, calor, sorria, alegrava-se, chorava e sentia profundamente a perda dos amigos e movia-se de íntima compaixão por aqueles que sofriam.

Mesmo rodeado de todo o mal nunca pecou, mesmo quando tentado pessoalmente pelo diabo após jejuar quarenta dias no deserto e não o combateu com o seu poder divino, pois não foi preciso, utilizou a sua própria palavra escrita, a Bíblia.

Esse “herói” apresentado realmente não convenceu muita gente em sua época, mas a história Dele não acaba com sua morte na cruz. Ele vezes afirmou direta e indiretamente que ressuscitaria no terceiro dia de sua morte, e assim Ele fez.

A vitória de Jesus Cristo na cruz foi sobre o pecado que domina e escraviza o homem. E é o pecado que nos separa de Deus, pois fere sua santidade. Deus precisava de uma forma definitiva punir o pecado e ao mesmo tempo prover um meio de livrar o pecador (portador do pecado) da morte eterna e livrá-lo da natureza pecaminosa intrínseca. Éramos devedores sem um tostão para quitar nossa dívida para com ele. Como então ele poderia resolver este dilema? Como aniquilar o pecado que há em nós sem nos aniquilar também? Como retiraria nossa culpa, nossas ofensas, sem nos punir? Complicado isso, não?

O que Deus fez foi lançar sobre um inocente, livre de pecado, ou seja, sobre si mesmo por meio de Jesus Cristo, todos os nossos pecados individualmente. Pois nós não tínhamos e nem temos condições de pagar esta dívida. Ele mesmo quitou a dívida que temos com ele, o credor pagou a dívida do seu devedor, rasgou a nota promissória.

Bem, mas se Jesus não tivesse ressuscitado de nada valeria, pois ele teria sido vencido pela morte e tudo seria em vão. Porém ele ressuscitou, venceu a morte.

Então o que é ser um vencedor de verdade? Seria alguém que vencesse como Jesus? Aos olhos de Deus um vencedor de verdade é aquele que participa da morte de Cristo, aquele que é capaz de reconhecer que é sua cruz que ele levou sobre seus ombros, a humilhação que ele passou e a morte na cruz.

Para se tornar um vitorioso segundo os padrões de Deus você precisa primeiro crucificar sua natureza pecaminosa, depois morrer para as coisas deste mundo que de nada nos servirão tão logo que dermos o último suspiro de vida, e então, nascer de novo, ressuscitando com Jesus para uma nova vida. Agora com uma nova natureza, não mais dominada pelo pecado, mas guiada pelo Espírito Santo de Deus. Você pode ter se questionado: Então aqueles que “nasceram de novo” não pecam mais?! Errado! Pecam sim, mas agora pode-se pedir perdão pelos pecados e ser ouvido e perdoado, e quando peca sente-se arrependido e envergonhado, pois o Espírito Santo de Deus que passa habitar em nós nos conduz a melhorar a cada dia, a fim de que cheguemos o mais próximo possível do caráter de Cristo, pois o pecado não faz mais parte de nossa natureza.

Quando tomamos esta decisão nos tornamos participantes de toda a Vitória conquistada na Cruz por Jesus Cristo, recebemos de Deus como co-herdeiros de Seu Filho Jesus, todas as bênçãos da cruz. Somos reconciliados com Deus, e recebemos o dom da vida eterna, reservada a todos os que crêem Nele. Nosso destino de perdição eterna é mudado radicalmente. Isto só é possível mediante a Fé em Jesus Cristo, crendo que ele é o Filho de Deus. Não há nada que possamos fazer, nenhum esforço próprio por mais bem intencionado que seja pode alterar nosso destino de perdição eterna, somente a fé em Jesus Cristo, em sua obra redentora. Veja as Palavras do Apóstolo João:

“O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem vence o mundo? Somente aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus.” (1 João 5:4-5)

E você é um vencedor aos olhos de Deus?

Inspirado por Deus, escrito por,

Beneth Costa Gomes.

2 comentários:

Bianca disse...

Esse é o grande desafio: ser vencedor aos olhos de Deus. Amei esse texto!

Beneth disse...

Amém Bianca!! Que Deus te abençoe! Abraços no Fábio!!!