domingo, 24 de junho de 2007

A Diretriz

Você já reparou que ser humano tem uma tendência natural a querer adaptar ou ajustar o meio, ou os elementos do meio onde está inserido, de acordo com o seu gosto e benefício próprio. Exemplificando posso citar alguns exemplos.

O meu sogro, por questões éticas e pela preservação da amizade que temos direi apenas que já passou da casa dos cinqüenta anos de idade. Sempre quando ele se assenta no sofá de minha casa, pega uma almofadinha para apoiar as costas, dando maior conforto para a sua coluna. Interessante que este fato não ocorre com outros amigos um pouco mais novos quando me visitam. Quando você “sai às compras”, sempre adquire os produtos de acordo com o número, tamanho, cor e sabor que lhe agradem, isto é natural e óbvio, certo? Para quem faz uso de computadores, costuma-se personalizá-lo, modifica-se o papel-de-parede da área de trabalho, tem gente que coloca a foto do cachorro, outros da família e daí por diante. Eu tenho uma amiga “japonesa falsificada” que personaliza até os ícones das pastas, dá pra acreditar? Por que estou falando sobre isso? Acontece que nós temos uma forte tendência a querer generalizar nossos atos e costumes e achamos que eles são válidos em todas as áreas de nossa vida.

Acompanhe o raciocínio. A maior parte das pessoas acreditam na existência de Deus. Quem sabe você é uma delas. Alguns como uma prima que tenho, O chamam de “uma força maior”, eu prefiro chamá-Lo por Deus. Para Ele, Deus, ser um deus soberano, necessariamente precisa ser um deus único. Não entendeu o porquê? Uma analogia simples com nossa realidade de humanos seria uma situação na qual num determinado reino houvesse mais de um REI reinando sobre o povo. É possível isto? Considero que não! Da mesma forma, considero inviável a hipótese de existir mais de um Deus absoluto sobre os homens. Pois bem, este meu argumento não tem por finalidade lhe convencer de nada, somente levá-lo a refletir.

Agora, mesmo que discorde de mim, assuma por alguns instantes que existe um único Deus.

Imagine-se sendo um pai ou uma mãe com 14 filhos. É possível agradar a todos os filhos? É possível fazer todas as vontades? Sem chance! Se você é um pai bacana, provavelmente ama seus filhos e deseja ter uma relação de amor, carinho e amizade com TODOS ELES, sem exceção, de tal forma que os sentimento sejam recíprocos, não somente no sentido pai-filho. O dilema é: Se sabemos que é impossível agradar a todos e deseja-se ter este tipo de relacionamento, o que você faria para existir harmonia no lar?

A única solução, ou saída, para você como pai ou mãe é estabelecer diretrizes a serem seguidas, com imparcialidade e sem favorecimentos, abrangendo todos os filhos. O que achou desta sugestão, muito autoritária? Então me responda algumas coisas. Você sempre fez tudo o que quis na casa de seus pais? Nunca colocaram horário para nada em sua vida? Chega no trabalho sempre a hora que bem quer e vai somente também quando quer? Nunca reclamaram com você sobre o sapato largado pela casa, a camisa na cadeira, o cabelo na tampa do ralo do banheiro, a toalha molhada sobre a cama, o fato de bater no irmão menor, não falar de boca cheia e muitas outras diretrizes de boa convivência que tivemos que nos adaptar?

Voltando mais atrás, como disse, temos o costume de generalizar, daí somos impulsionados a ter um relacionamento com Deus da mesma forma que agimos quando “saímos às compras”. Queremos encontrar um Deus que seja “exatamente o meu número”, não pode ficar nem apertado, nem folgado demais. Esta busca não dará retorno. Na realidade não é Deus que tem que se adaptar ao nosso estilo de vida, ao contrário, nós é que devemos nos adaptar ao estilo de vida que ele nos propõe. Claro, se quisermos ter um relacionamento de amor e amizade com Ele. Da mesma forma como aconteceu em nossa casa e em todos os ambientes em que vivemos.

Deus desejou, deseja e sempre desejará ter este relacionamento de amor e amizade com o homem, porém este impulso de querer modificar o meio, acaba nos afastando de conhecê-lo mais de perto, e ver que Ele é um Pai de Amor e não um ditador egocêntrico. O interessante que a única diretriz que Ele nos pede para observarmos é: “Amar a Ele sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos”.
Quaisquer outras diretrizes atribuídas à autoria de Deus estão inseridas nesta, sem exceção.

Talvez você possa me dizer agora: Isto é impossível a um homem conseguir plenamente! Pois é, pode até ser verdade impossível atingir esta plenitude, porém a cada vez que aplicamos em nossas vidas e perseveramos nesta diretriz, ou mandamento, estamos caminhando em direção a Deus. E quanto mais perto chegarmos, melhor O conheceremos pois melhor nossos olhos O enxergarão, melhor nossos ouvidos ouvirão Sua voz, e mais forte suas mãos segurarão em nossas mãos.
Um filho pode obedecer a um pai por 3 razões: Por amor, por respeito ou por medo.

Por amor; Porque ama o Pai por tudo o que o pai representa para ele.

Por respeito; Pelo fato do Pai ser seu genitor e mantenedor.

Por Medo; Por receio do castigo que o pai pode aplicar.

Os planos de Deus nunca mudaram, ele sempre quis ter esta relação de amor e amizade com o homem. Para que este plano se concretize em nossas vidas, basta apenas que aceitemos “por amor” a única diretriz para vivermos em harmonia e Paz com Ele.
Inspirado por Deus, escrito por:

Beneth Costa Gomes.

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