domingo, 1 de julho de 2012

Sobre o sofrimento humano


Recentemente recebi duas notícias que deixou muito triste, pois ambas estão relacionadas ao sofrimento humano. Uma delas é sobre o estado terminal de um querido amigo e outra sobre um brutal assassinato de um bispo da Igreja Anglicana e sua esposa, sendo ele grande homem de Deus, um evangelista, sendo este crime cometido pelo seu próprio filho adotivo, dependente de drogas.
Ao nos depararmos com tais fatos, surge de rompante em nossa mente a pergunta (seja de modo consciente ou não): Por que tragédias assim acontecem na vida de pessoas que, em tese, não mereceriam tais mazelas? Se é que existem pessoas que mereçam o sofrimento, por mais que sejam ruins? Diante disto alguns buscam justificativas no passado do aviltado, ou pensam ser um plano demoníaco, ou simplesmente o acaso que bateu na porta destas pessoas que sofrem ou tem suas vidas ceifadas de um modo brutal.
Diante de fatos não há contestação, apenas aceita-se, porém a lógica é:  Se Deus é criador de tudo o que há, sendo onipotente, onisciente e onipresente, no mínimo, fatos como estes ocorrem somente com a permissão Dele. Permissão sim, mas não com o sentido de “Deus quis assim”, mas sim com o sentido de “Deus não interferiu, mesmo podendo”, pois sendo TODO PODEROSO Ele não faz de nós marionetes em suas mãos. Então se Deus tinha e tem poder de intervir para evitar o mal, por que não age em algumas situações? E principalmente, porque não protege (ou blinda) aqueles que são seus discípulos, aqueles que receberam seu filho Jesus o Cristo, como Senhor de suas vidas? Estes questionamentos são profundos, genuínos e com respostas dificílimas. Ao buscar tais respostas o Senhor me fez lembrar daqueles irmãos que andaram verdadeiramente com o Senhor Jesus Cristo, seus discípulos e apóstolos. A Bíblia não cita a forma de morte de todos os discípulos, mas segundo a tradição somente João teve uma morte dita “natural”, todos os outros foram barbarizados, tal como Jesus, por causa da pregação do evangelho, ou seja, falarem do amor de Deus por nós manifestado através de Jesus. Estevão ao ser apedrejado, instantes antes de morrer ainda orou a Deus para que não imputasse sobre seus algozes aquele pecado. Será que existe alguém hoje sobre a face da Terra que seja mais “importante” ou “especial” que os próprios discípulos de Jesus, os precursores do evangelho? Pois foi através de suas vidas e dedicação a Deus que todo o MUNDO pode tomar conhecimento deste Jesus que viveu na Palestina há mais de dois mil anos atrás. Diante disto Deus me respondeu a algumas perguntas. Ele me mostrou que ao fazermos tais questionamentos, é como se estivéssemos assistindo apenas a “última cena do filme”, e justamente por isso ficamos sem entender o porquê de tamanho sofrimento, angústia, dor ou brutalidade. Assim como um filme não se resume na sua última cena, uma vida não pode ser “resumida” apenas pelo modo de como ela se vai. Deus me mostrou que para Ele o importante não é última cena, mas sim TODA a história que foi contada.
Todos aqueles discípulos e apóstolos que entregaram suas vidas a Jesus e o seguiram tiveram uma vida honrosa aos olhos de Deus e produziram frutos maravilhosos ao longo de sua existência. Suas vidas foram expressões do amor de Deus aos homens e glorificaram o nome de Jesus tanto no modo de viver quanto no morrer, pois não abandonaram a fé no Senhor de suas vidas. As respostas às perguntas colocadas continuarão em aberto, mas agora sei que para mim isto não é mais importante, o mais importante é a forma pela qual escrevo o roteiro de minha vida, onde o diretor é Deus.
O final da história já não me importa mais, quero viver e morrer para a glória de Deus, me alegrar com Ele e se necessário ser perseguido e sofrer por causa dele, tal como Jesus e seus discípulos, quantos aos mistérios que hoje não entendo, tenho certeza que Ele me revelará quando com Ele eu estiver por toda a Eternidade.

Beneth C. Gomes.

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